Um roedor colombiano reapareceu, por acaso, depois de 113 anos sem dar sinal de vida e pela primeira vez foi fotografado. O rato-arbóreo-de-santa-marta (Santamartamys rufodorsalis) havia sido registrado em 1898, e de lá para cá nunca mais tinha sido visto ou deixado rastros, levando os cientistas a considerá-lo extinto. Ele reapareceu nos alojamentos da Reserva Natural El Dorado, na Colômbia, e posou para dois pesquisadores, às 21h30, do dia 4 de maio de 2011. Depois da sessão de fotos, voltou calmamente para a floresta.
A descoberta foi divulgada esta semana pela Conservação Internacional. “Simplesmente, ele veio pelo corrimão até onde estávamos sentados e parecia totalmente impassível diante toda a emoção que estava causando”, declarou Lizzie Nobble à Conservação Internacional. Ele e Simon McKeown, responsáveis pela descoberta, faziam pesquisas sobre anfíbios na reserva, como voluntários da Fundação ProAves, uma organização colombiana sem fins lucrativos que atua na pesquisa e conservação da biodiversidade.
Visualmente, o rato-arbóreo-de-santa-marta se diferencia de outros roedores pela juba avermelhada ao redor do pescoço e pela cauda preta e branca. Este roedor mede cerca de 45 centímetros de comprimento e pesa aproximadamente meio quilo. Apesar de ter sido encontrado dentro de uma reserva, o animal está ameaçado. Grande parte do território onde ele potencialmente pode ser encontrado está cheio de gatos, que se alimentam da fauna nativa. Mas graças a esta descoberta, o roedor deve deixar de ser considerado extinto e classificado com em perigo crítico, pelos critérios da IUCN.