Aprender um novo idioma pode ser a chave para manter seu cérebro eficiente por mais tempo. Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e do Instituto de Ciências Médicas de Nizam em Hyderabad, na Índia, chegaram a conclusão que falar mais de uma língua ajuda a retardar em quase cinco anos o surgimento de demência, sendo mais eficiente que o tratamento com remédios.
Quase 650 pessoas com demência na Índia foram acompanhadas e 60% delas eram bilíngues. O resultado é que quem falava mais de uma língua tiveram a doença 4,5 anos mais tarde que aqueles que só falavam um idioma. O estudo ainda conseguiu verificar que o atraso também vale para as doenças como Alzeheimer, com atraso de seis anos, e para a demência frontotemporal.
Os pesquisadores descobriram ainda que o efeito não dependia dos estudos formais, pois quem falava duas línguas sem ter frequentado a escola também eram beneficiados com o atraso da demência aparecer. A explicação dada pelos cientistas é de que as pessoas que falam mais de uma língua precisam se esforçar para mudar os sons, palavras, conceitos, estruturas gramaticais e normas sociais e isso é um treinamento para o cérebro, formando uma espécie de “reserva cognitiva” que é mais eficiente que qualquer treino artificial, como jogos e outros exercícios. Outros estudos, porém, precisam ser realizados para entender como isso funciona.
Que tal começar a aprender outra língua? Nunca é tarde para começar!
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