Uma parte até considerável dos domicílios brasileiros separa o lixo degradável do não degradável, três entre dez, poderia ser mais, mas já é um bom caminho. Porém, o problema não está necessariamente nos sete domicílios que não separam, e sim, do que é feito com o lixo coletado. Apenas 40% desse lixo separado dentro de casa é posteriormente coletado de forma seletiva quando chega à rua.
Muitos brasileiros separam seus resíduos dentro de casa, mas depois grande parte deles é misturada ao lixo comum. O morador até tem consciência, mas grande parte dos governos não tem uma política de coleta seletiva. Os dados constam na Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 – Perfil das Despesas do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as regiões do Brasil, o Sul é que tem o melhor desempenho. Lá 59,9% dos domicílios separam o lixo e 55,6% desses resíduos são coletados de forma seletiva. “A Região Sul está bem acima da média nacional, de 29,7%”, explica o pesquisador do IBGE José Mauro Freitas.
Já na Região Norte, 6,6% dos domicílios separam o lixo biodegradável do não degradável, mas só 16,8% desse resíduo são coletados seletivamente, segundo a pesquisa do IBGE. No que diz respeito ao lixo coletado, queimado ou enterrada no quintal da casa. A média do lixo coletado chega a 80,7%; os restos queimados ou enterrados, a 10,2%.
Lixo no campo e na cidade
Na área urbana, 91,1% do lixo são coletados e 1,5%, queimados ou enterrados na propriedade. Na área rural, os percentuais são, respectivamente, 24,4% e 57,7%.
Entre os estados, o Maranhão é o que tem o menor índice de lixo coletado (51,1%) e o com maior percentual de resíduos queimados ou enterrados (33,4%). Já São Paulo tem o perfil oposto: 94,5% do lixo são coletados e 1,7% são queimado ou enterrado.
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