No passado, seu consumo era marginalizado. Nos dias atuais, passa a ganhar status de bebida nobre
Os primeiros registros da criação da cachaça são de 1534 a 1549. Na época, a cana-de-açúcar era a principal economia do país. A origem para o destilado tipicamente brasileiro é bem humilde: um resto do processo de fabricação e refino do açúcar. Não era de se imaginar que a bebida perdesse seu ar marginal para se tornar uma bebida apreciada por membros da alta sociedade em todo o mundo.
Do consumo total de destilados do país, 50% é de cachaça, segundo os dados da Associoação Brasileira de Bebidas (ABRABE). Apenas uma pequena parte dos produtos é premium, mas a instituição reconhece o crescimento do produto entre os consumidores de maior poder aquisitivo.
O gerente de vendas da Ypióca acredita que o crescimento das vendas está relacionado à mudança de publico, diferente do que muitas pessoas acreditam que se deve a caipirinha. Mas no mesmo período, o consumo da bebida caiu. Isso se deve ao crescimento de outros destilados como uísque e vodca. Enquanto a classe C está migrando para bebidas com mais status, a classe A procura novos sabores.
No Brasil, existem cerca de 40 mil produtores de cachaça, cm processos de fabricação e ingredientes diferentes. Somados, a capacidade de produção é de 1,2 bilhão de litros por ano. E a tendência é que esse número cresce nos próximos anos.
Com o crescimento do publico classe A na experimentação da bebida, uma nova demanda surgiu. Destilados adocicados. Como o teor alcoólico é menor que o da cachaça, as bebidas não podem ser classificadas como cachaça. Empresários perceberam a força do novo publico e criaram os produtos, investindo em apresentação e qualidade das matérias primas.
Uma das cachaças adocicadas que ganharam o publico classe A de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília é a B. os empresários apostam na tendência da mistura de destilados com mel e investiram no produto em 2011. A empresa agora aposta em investidores para levar o produto à Europa e Estados Unidos.
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