Você já ouvir falar da macabra história da caixa dibbuk?

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Não há como estar em pleno especial Mês do Terror e não falar nada ligado ao o famoso casal Warren e seus casos paranormais. Muitos desses casos inspiraram famosos filmes de terror e levaram o casal a criar um museu nos fundos de sua casa. O Museu do Ocultismo dos Warren guarda vários objetos dos casos nos quais o casal trabalhou, e um dos que chama atenção do público é exatamente a caixa dibbuk.

Mas… Você sabe exatamente o que é uma caixa dibbuk? Uma dica: este macabro artefato também serviu de inspiração para um filme de terror. Quem viu o filme Possessão, de 2012, deve saber do que estamos falando. Se você não faz ideia do que estamos falando, nunca viu uma – e certamente nunca vai querer ver – então, continue lendo nosso especial, porque a história é para lá de sinistra…


Para começar, acredita-se que caixas dibbuk sejam caixas de madeira que, na tradição judaica, aprisionam demônios. Para que elas funcionem, é preciso guardar dentro delas mechas de cabelo, dentes ou algo do corpo da pessoa que estava possuída juntamente com algum objeto ao qual essa pessoa fosse apegada. Segundo conta a lenda, o demônio sairia do corpo daquela pessoa e se apegaria ao objeto e às partes que foram colocadas dentro da caixa. Após isso, a caixa deve ser selada e jamais aberta, para que o demônio ali preso não escape.

Até aqui, ok. Mas, e a caixa dibbuk dos Warren? E o filme?

Bom, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. A caixa que os Warren dizem guardar em seu museu não é a mesma que inspirou o filme Possessão. A caixa dibbuk que serviu de inspiração para o longa passou por várias mãos e há vários materiais sobre ela na internet.

Primeiramente, um dono de um antiquário chamado Kevin Mannis comprou a caixa em uma venda de garagem. Ao comprá-la, ele foi alertado que a caixa continha um dibbuk e que jamais deveria ser aberta. Ele até tentou devolver o item, mas acabou levando-o para sua loja. E adivinhem? Ele abriu a caixa! Lá dentro ele encontrou duas moedas, duas mechas de cabelo (uma loira e uma morena) presas com elástico, um pedaço de granito com a palavra “shalom” escrita em hebreu, uma taça de vinho dourada e um candelabro de ferro.

No dia seguinte, ele viajou a trabalho, e recebeu uma ligação de sua funcionária, aterrorizada. Segundo contam, coisas estranhas estariam acontecendo na loja. Ele não acreditou em nada. Porém, ao voltar a funcionária pediu demissão e viajou para longe. Claro que Mannis não relacionou nada daquilo à tal caixa.

Logo em seguida, ele resolveu dar a tal caixa de presente de aniversário para sua mãe. Que filho, hein? Dar um item supostamente amaldiçoado de presente… Enfim… Pouco depois, Ida Mannis sofreu um derrame que paralisou metade do seu corpo! E, a propósito, ela deixou bem claro para seu filho que não havia gostado da caixa.

E o que aconeceu?

Mannis então já começava a querer muito se livrar da tal caixa dibbuk, e então foi dar o item para o irmão. Mas este também não quis o objeto e o devolveu a Mannis, dizendo que a caixa deixava a casa com um cheiro horrível quando estava lá.

Difícil para Mannis, hein? O jeito foi levar a tal caixa para casa. Um tempo depois, toda a família dele foi passar um final de semana em sua casa. Coincidentemente, todos sonharam que uma bruxa os agredia a todos. E o próprio Kevin Mannis acordou com marcas pelo corpo. O jeito então foi tentar leiloar o artefato no E-bay!

E ele conseguiu?

Acreditem ou não, mesmo relatando toda a história ocorrida desde que adquiriu a peça, houve um comprador para ela. Iosif Nietzke comprou a caixa e teve a brilhante – só que não! – ideia de abri-la para impressionar uma menina em uma festa.

Depois disso ele passou a testemunhar coisas muito estranhas, e chegou a relatar tudo em um blog. Mas logo tratou e se livrar da tal caixa pelo E-Bay também.

Foi aí que Jason Haxton, diretor de um Museu de Medicina, adquiriu a caixa, pois havia ouvido falar dela e estava bem curioso. Quando acontecimento estranhou passaram a ocorrer, ele contatou Kevin Mannis para ter mais informações sobre o item. Então ele resolveu ir até a casa onde Mannis havia comprado, inicialmente, a caixa, tentar descobrir algo sobre o item. E foi então que eles descobriram a história da caixa…

E qual é?

Segundo os parentes de quem vendeu a caixa à Mannis, a história da peça remonta à antiga Polônia, no ano de 1938. Para tentar livrar seu povo dos males do Nazismo, um grupo de mulheres utiliza algo como um tabuleiro de Ouija para se comunicar com espíritos. Elas conseguem e ele pede que, em troca, seja trazido de volta ao mundo dos vivos. Elas assim o fazem e, só depois disso, percebem que estavam lidando com uma entidade maligna.

Uma das mulheres então conseguiu fazer um ritual e aprisionar o espírito na caixa. Dibbuk, na tradição judaica, quer dizer um espírito humano que vagueia devido a seus pecados, até que encontre abrigo no corpo de alguém vivo. Após aprisionar o tal dibbuk na caixa, ela fez de tudo para que a mesma jamais fosse aberta novamente.

A caixa foi passando de geração em geração, chegou aos Estados Unidos e deveria ter sido enterrada junto com sua última dona. Porém, quando ela faleceu, a caixa não foi enterrada e acabou sendo repassada na venda de garagem dos pertences desa última dona.

E o que aconteceu?

Sabendo de tudo isso, Jason Haxton pesquisou, pesquisou e encontrou alguém que pudesse ajudá-lo. As manifestações malignas da caixa o atormentavam mais e mais, e só cessaram quando, enfim, ele conseguiu selá-la novamente.

Jason Haxton e a réplica da caixa

Atualmente, a caixa está devidamente enterrada em um local que apenas Haxton conhece. Ele fez até um site sobre o assunto e escreveu um livro contando toda a história, além de criar uma réplica da caixa original que ele leva para programas de TV e afins. E gosta de ressaltar que essa caixa está muito bem guardada, e não no museu dos Warren!

Mas… Mas… Uau!

Fotos e vídeos: Reprodução

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