Depois de tanto tempo de espera, seu bebê finalmente está em seus braços. Você quer apresentá-lo ao mundo, mas também protegê-lo de todos os problemas. Para isso, o primeiro e principal cuidado que você deve oferecer ao seu filho é a amamentação. Você pode até já saber, mas não custa reforçar que o leite materno é o alimento mais completo e equilibrado que a criança recebe até os seis meses.
Os benefícios são diversos: provoca menos cólicas nos bebês, colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne alergias, obesidade, intolerância ao glúten, entre diversas outras vantagens da amamentação. Mas não é só o bebê que é beneficiado quando você opta por amamentar, a sua saúde também sai ganhando quando você dá de mamar para o seu filho.
Pesquisas apontam que, ao amamentar, a mulher reduz a probabilidade de ter, por exemplo, tumores nas mamas e nos ovários, diabetes e até Alzheimer! Listamos alguns estudos que evidenciam esses e outros benefícios do aleitamento materno para a saúde das mamães, confira:
PROBLEMAS NO CORAÇÃO
Trabalhos científicos já identificaram que o ato de amamentar pode afastar condições como pressão alta e colesterol elevado, que colocam a saúde cardiovascular em risco. Mas a ciência continua fazendo novas descobertas: a aterosclerose, problema marcado pelo entupimento das artérias por placas de gordura e que pode levar ao infarto, também integra a lista de males que as mulheres podem prevenir ao dar o peito para o seu filho.
DIABETES TIPO 2
Estudos já evidenciaram que mulheres que sofrem com o diabetes gestacional são mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez. Mas, de acordo com uma pesquisa publicada em dezembro de 2015 na revista Annals of Internal Medicine, a amamentação pode minimizar esse risco. O que pode justificar esse efeito é o fato de que a lactação aumenta a sensibilidade do organismo da mãe à insulina, melhorando a produção de glicose e afastando, assim, o diabetes. A perda de peso também contribui, já que os quilos extras facilitam o surgimento dessa doença metabólica.
ANEMIA
Enquanto o bebê está sugando o peito da mãe, o corpo dela produz um hormônio chamado ocitocina, que é responsável por ajudar o leite a passar com mais naturalidade pelos ductos mamários. Ao mesmo tempo, esse hormônio provoca contrações no útero, para que o órgão volte ao seu tamanho de antes da gravidez. E quanto mais rápido isso acontece, menos sangramentos a mulher tem – o resultado é um risco reduzido de ter anemia, causada pela perda excessiva de sangue.
OSTEOPOROSE
Especialistas afirmam que durante a lactação a mulher produz diariamente cerca de 600 a 1000 ml de leite. Para isso, o corpo dela chega a consumir em torno de 200 mg de cálcio por dia, principalmente em aleitamento exclusivo. Somando-se a isso o fato de ter menos estrógeno circulando pelo corpo seria possível concluir que a amamentação coloca a saúde óssea na corda bamba.
Mas, felizmente, não é o que acontece – pelo contrário! Um estudo realizado no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, mostrou que tudo o que a mulher “perde” de cálcio durante a amamentação é recuperado na fase do desmame e quando ela volta a menstruar normalmente. Outras investigações já demonstraram também que mães que dão o peito estão menos propensas a sofrer fraturas no quadril e no braço por causa da osteoporose.
Os mecanismos que garantem mais saúde as mães que amamentam ainda não são completamente conhecidos pela ciência. Entretanto, o No Pátio mostrou apenas alguns benefícios que esse ato de amor pode trazer e, se você pode oferecer o peito ao seu filho, não tem mais motivos para deixar de fazer isso, não é mesmo?
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