Você já percebeu que aqui em Fortaleza, quase todo restaurante tem sushi e sashimi? Pois bem. Muita gente aderiu à moda e está, como diz o cearense, “matando o verme”. Tem todo tipo de preço e de opção. Até a falsa opção. Falsa opção? Como assim? Sim, tem gente comendo gato por lebre. Explico.
Quem aprecia a comida japonesa sabe que o salmão é o ingrediente mais atrativo por causa dos atributos organolépticos e nutricionais, por isso é mais consumido. Mas talvez o apreciador não saiba que pode estar comendo truta no lugar de salmão. Na verdade o peixe é chamado de truta salmão ou truta salmonada.
A truta salmonada possui uma carne alaranjada que é a cor típica do salmão,por isso, recebe esse nome. No seu ambiente natural, o salmão possui a cor alaranjada porque consome pequenos animais (crustáceos e moluscos), com elevada concentração de substâncias carotenóides.
Esses carotenóides são os mesmos pigmentos naturais que também estão presentes nos vegetais, como o tomate, a cenoura, a laranja, o mamão e a abóbora. Quando criados em cativeiro tanto o salmão como a truta, são alimentados com uma ração que possui uma substância que dará a coloração alaranjada à carne do peixe.
O sabor da truta salmonada é semelhante ao sabor do salmão, portanto, praticamente não se percebe a diferença. Apenas quem é um conhecedor do assunto sabe diferenciar as duas espécies.
O fato é que, independente de ser truta salmonada ou salmão criado em cativeiro, o consumidor deve ser avisado para que possa fazer a sua escolha, uma vez que o salmão selvagem (pescado em alto mar) é bem mais caro. O problema não é de qualidade, pois em termos nutricionais ambos são bem semelhantes. O problema é de preço e de respeito ao consumidor.
Não se pode aceitar que um restaurante adquira um salmão de cativeiro ou uma truta salmonada e repasse para o consumidor como sendo o legítimo salmão.
Fique de olho!