Em tradução literal, Tight Lacing significa “laço apertado”. Assim é demoninada a prática usada por mulheres que desejam uma cinturinha cada dia mais fina e não querem recorer a cirurgias como a lipoaspiração, por exemplo. O No Pátio diz como funciona essa prática e quais os riscos que ela oferece a saúde. Fique atenta!
Sabe os espartilhos usados pelas moçoilas em filmes antigos? Aqueles que demoravam bom tempo para serem ajustados e amarrados ao corpo e que tiravam o ar até das mais resistentes? O corset é mais ou menos isso ai! A peça é colocada na região da cintura – bem na circunferência – por períodos longos. Com o passar do tempo, a cintura vai mudando de forma e ficando cada vez mais fina. Para isso, é necessário também apertar o corset constantemente, para que ele não perca o poder de reduzir o tamanho da cintura.
A evolução dos espartilhos do século passado já faz sucesso entre as mulheres que almejam uma cinturinha fina e de boneca há muito tempo. Mas, o Tight Lacing não tem relação com o corset vendido em lojas de lingeries ou em sex shops. Os convencionais – comercializados em lojas comuns – são lindos, isso não há duvidas, mas não tem o efeito de modelar a cintura como os Tight Lacing tem.
Tight Lacing são feitos com várias camadas de tecido, extremamente resistente diga-se de passagem, e barbatanas – aqueles reforços embutidos em áreas estratégicas para a amarração nas costas. No princípio, as barbatanas eram feitas de ferro, mas pensando na praticidade e que nenhuma mulher acha leve carregar uma peça de ferro 24 horas por dia, as barbatanas hoje são feitas de alumínio, fibra, silicone ou aço inoxidável.
Um das pioneiras a aderir a técnica para afinar a cintura foi a vocalista do grupo Black Eyed Peas, Fergie, que sempre lança tendência. As brasilieras não ficaram de fora da moda polêmica e perigosa dos Tight Lacing. Fernanda Young, apresentadora e escritora, desfilou inúmeras vezes por ai com a cintura marcada e Ivete Sangalo, pasmem, fez ate show usado o Tight Lacing. Pelo visto nenhuma das três perde o fôlego com facilidade!
Para garantir a redução da circunferência da cintura, a peça é confeccionada sob medida. Geralmente, é feita com 10 a 15 centímetros menor do que a cintura de quem encomenda o corset. Já deu falta de ar só em ler esse parágrafo? Pois é, imagine usando a peça praticamente direto, tirando apenas para o banho! Isso mesmo. Se você acha que a mulherada que adere a esse método tem direito a uma noite de sono tranquila e confortável está muito enganada! Até para dormir o corset é usado. Isso é que é uma noite de tirar o fôlego!
Por não ser uma das opções menos sofridas, o uso do Tight Lacing provoca muitas polêmicas e divide opiniões. As mulheres que comprovaram a aficiência da peça, dizem sim que são a favor do uso e que os resultados são quase que imediátos. Do outro lado, os médicos alertam que a prática pode resultar em problemas sérios de saúde, já que o uso do corset pode, na maioria dos casos, comprimir as costeas flutuantes e gerar pressão sobre os órgãos, ocasionando doenças e até deformações.
Os riscos não param por ai. O corset pode gerar também problemas digestórios, danos no sistema vascular, redução da mobilidade do diafragma e dificuldades respiratórias. Resultados a peça mostra, mas será que vale a pena passar pelo sacrifício e por situações desconfortáveis e ainda por cima que ofecerem altos riscos a saúde para ter a tão sonhada cinturinha de boneca?
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