De acordo com um estudo realizado na Universidade da Califórnia, pela pós-doutora em Psicologia Alice Ely, as mulheres tornam-se mais românticas quando estão sem fome. A análise que foi publicada na última semana no jornal Appetite e na revista norte-americana Time, concluiu que a fome irrita consideravelmente as mulheres, as tornando menos sensíveis e receptivas a gestos apaixonados.
A pesquisa analisou o comportamento de 20 mulheres jovens com o peso considerado normal, solicitando que elas jejuassem durante oito horas. Logo após, elas foram expostas a imagens românticas (como casais de mãos dadas) e neutras (como a de uma bola de boliche) – as reações foram captadas em um equipamento de ressonância magnética – e depois de algumas comparações, os cientistas perceberam pouca variação de atividade cerebral em relação aos dois tipos de imagem.
Na sequencia, o grupo de mulheres se alimentaram e repetiram o procedimento. Desta vez, elas responderam de forma mais intensa às cenas românticas. “Em vez de ficarem ansiosas ou irritadas com a fome, elas passam a se concentrar em coisas melhores”, avaliou a pesquisadora.
Metade das voluntarias que participaram da pesquisa haviam feito dieta no passado e a outra metade não. Percebeu-se que entre as mulheres que já passaram por restrição alimentar, a atividade era maior.
Além dessa análise, a pesquisadora identificou que as pessoas que fazem dieta apresentam uma resposta cerebral maior quando se alimentam. Ou seja, segundo a pesquisadora, o “aumento da atividade cerebral pode ir além da comida”. No entanto, Alice pondera que este estudo ainda é piloto e que é necessário pesquisar um grupo maior de mulheres para chegar à uma conclusão definitiva.
Será que essa pesquisa é valida somente para as mulheres? Nesse caso, conquistar pelo estômago é uma ótima aposta.
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