7 perguntas para Maria Paula!

Comportamento

 

A atriz, humorista e agora escritora Maria Paula esteve em Fortaleza no último fim de semana para lançar e divulgar seu primeiríssimo livro, que recebeu o título de “Liberdade Crônica”. O livro traz uma seleção de crônicas inéditas da autoria de Maria Paula, que falam sobre diversos temas como política, sociedade, psicologia, beleza, estética, universo feminino e muito mais.

Em sua passagem pelo Centro Cultural Oboé, onde ocorreu o lançamento do livro, que contou com a prensença da deputada Patrícia Saboya, que fez a abertura e apresentação da atriz, Maria Paula esbanjou simpatia e se disse muito feliz e emocionada por estar no Ceará, terra que ela admira por seu povo e suas belezas naturais.

A editora-chefe do portal No Pátio, Lívia Saboya, teve a oportunidade de conversar um pouco com Maria Paula, que falou com muito carinho sobre o novo livro, sobre política e também sobre alguns projetos para o futuro. confira a conversa na íntegra!

Maria Paula com Lívia Saboya, no lançamento de "Liberdade crônica".

Lívia Saboya – Você é atriz, humorista e cantora e em todas essa áreas sempre teve muito sucesso. De onde surgiu a ideia de tornar-se escritora? Escrever já era algo que você costumava fazer ou foi uma coisa totalmente nova na sua vida?

Maria Paula – Essa é uma história que eu até conto no comecinho do livro. Quando eu era bebê ainda, estava com meus pais em Uberaba e o Chico Xavier estava lá. Quando minha mãe foi cumprimentá-lo, ele a chamou pelo nome e ainda sabia meu nome também! Meus pais ficaram muito impressinados ao ouví-lo dizer: esta é a Maria Paula! Ela ainda vai trazer muitas alegrias pra vocês e vai ser famosa no Brasil inteiro! Neste momento minha mãe teve uma intuição e pensou: Maria Paula vai ser escritora! Então sempre ficou aquela coisa na família, de todos achando que eu me tornaria escritora, mas a vida acabou me levando por um caminho totalmente diferente! acabei virando atriz, humorista, vivia fazendo gracinhas com a turma do Casseta. Mas, na verdade, eu sou formada em psicologia então também sempre tive essa coisa, de um olhar um pouco mais apurado, mais atento a sociedade. E quando era adolescente eu escreva bastante, já crônicas, poesias, tinha diversos cadernos cheios de textos. Eu então tinha desde cedo a ideia de que um dia eu enveredaria por esse lado da escrita. Em 2005, pra minha supresa, o jornal Correio Braziliense (Maria Paula é de Brasília) me chamou para ser colunista de uma revista semanal deles que saía aos domingos. eu nem titubeei e aceitei o desafio, morrendo de medo mas muito animada. A parceria deu super certo e, desde então, não parei mais de escrever!

 

L.S – De onde partiu a ideia do título do livro, “Liberdade Crônica”?

M.P- O título do livro partiu do objetivo dele, na verdade. Quando escrevi as crônicas, quis sempre falar de tópicos pertinentes a essas coisas que costumo chamar “pequenas escravidões” as quais nos submetemos na sociedade e no mundo de hoje! Vivemos em um mundo muito turbulento, com muita sujeira, muita coisa ruim acontecendo, um mundo onde o “ter”acaba muitas vezes se sobreponto ao “ser”.  Nós mulheres acabams pro muitas vezes oprimidas por ditaduras como a da beleza, da estética, do olhar para a vida do outro, sabe? Então o livro fala disso e com ele eu quis encorajar a todos os leitores a se libertar disso tudo, criar novos caminhos, quebrar protocolos e paradigmas, levantar a bandeira de mais liberdade, uma “Liberdade crônica”!

 

L.S – Como você descreveria o seu estilo de escrever?

M.P – Eu acho que escrevo de forma bem parecida com a que eu falo, tenho uma linguagem bastante simples, meus textos são muito leves. Apesar dos temas que eu costumo abordar serem bem profundos e complexos, sempre com muitos questionamentos bastante sérios, procuro sempre colocar um toque de humor e abordá-los de forma bem honesta e leve. A prática que adquiri com esses 6 anos escrevendo para o Correio Braziliense realmente me ajudou a solidificar cada vez mais este estilo e encontrar o meu jeito de escrever.

 

L.S – Todos que conhecem um pouco de você sabem que você é muito engajada em projetos políticos e grande apoiadora de badeiras importantes para a sociedade, principalmente para mulheres e crianças. como aconteceu a sua aproximação com a política?

A política entrou na minha vida desde muito cedo, como sou de Brasília, a cidade respira política, então todos que moram lá acabam tendo um pouco mais de interesse e vivenciam mais o tema no dia a dia. O interesse maior que tenho em relação a política, vai mais pela comunicação. Percebi que com esse dom da comunicação eu poderia falar e as pessoas escutariam, sabe? Estou sempre procurando gente “maneira” como por exemplo sua mãe (deputada Patrícia Saboya), o senador Eduardo Suplicy a quem admiro muito, e como Cristovam Buarque, que faz um trabalho na área da educação que acho sensacional e  que inclusive fez o prefacio do meu livro, que ficou lindo!  Entao, procurei sempre me aproximar não da politica em sí, mas das pessoas que têm esse compromisso com a verdade, autenticidade, honestidade e no nosso caso são bem poucos os politicos que tem isso hoje no Brasil, né?

L.S-  Uma das campanhas das quais  você foi madrinha foi a campanha da licença maternidade.  Esta é uma bandeira que você sempre carregou ou uma coisa que aflorou depois de se tornar mãe?

M.P-  Depois que me tornei mãe, definitivamente! Não dá pra negar que quando se torna mãe muita coisa muda na cabeça da gente, né? Depois que a maria luiza nasceu fique muito mais atenta a essas questões. Tudo começou quando fiz a campanha em prol do aleitamento materno, onde eu falava: “Por seis meses, dê apenas leite ao seu filho! nada àgua ou suco ao seu filhinho, somente leite” e essa era uma propaganda do ministério da saúde. então veio a pergunta: Como o ministério poderia defender seis meses de aleitamento exclusivo se a licença maternidade era de apenas quatro meses? Era uma discrepância que precisava ser corrigida. Então quem teve a idéia foi o Dr. Dioclécio Campos que na época era o presidente da associação brasileira de pediatria e é um homem incrível, muito competente e comprometido. Foi ele que procurou a Patrícia Saboya, que na época era senadora e que,  imediatamente aderiu ao projeto e colocou a mão na massa! E hoje temos essa vitória, a licença maternidade garantida para as futuras mamães como você, que  eu soube está grávida, né?

A atriz e humorista foi madrinha de campanhas como a do aleitamento materno e a da licença maternidade.

L.S – Que outras bandeiras você já apoiou e tem algum projeto político futuro ao qual gostaria de se engajar?

M.P- bom, hoje eu e a Patríca estamos com o projeto do PRONEI  (programa nacional de educação infantil, recurso que garante que através do FGTS seja mais um fonte de financiamento para garantir creches nos municipios em todo o Brasil) que já está também indo muito bem. A minha parceria com a Patrícia deu certo de cara e acho que vamos continuar juntas em projetos importantes no futuro! já com o Dr. Dioclécio, estou participando do desenvolvimento de um projeto muito importante e especial pra mim que é o de garantir a criancá o direito do nascimento! Isso porque estamos vivendo uma realidade chocante no país, onde  o índice de partos cesariana do mundo! E muitas vezes essa operações cesarianas, que são marcadas de acordo com conveniências como horários da mãe, do pai e até dos médicos, ou seja, este nascimento é planejado e a màe nào chega sequer a entrar em trabalho de parto! O resultado disto é que, muitas vezes, a criança nasce sem estar pronta para nascer e as consequências disso podem ser devastadoras para a criança, entre danos ao sistema nervoso, respiratório e muitos outros problemas. Nós queremos então levar esse debate a sociedade e garantir a bebezinhos que ainda não têm voz, esse direito pleno de nascer na hora certa.

 

L.S – Voltando um pouco ao seu lado escritora, este livro será um “filho único” ou você tem planos de continuar na carreira e escrever mais livros?

M.P – Sim, tenho planos de escrever logo logo um segundo livro. Agora quero enveredar para o lado da ficção, com um romance quem sabe. Já estou começando a idealizar um projeto, mas ainda está super no começo, mas logo que tiver um tempinho depois desa correria que estou vivendo com o lançamento deste primeiro livro, vou me dedicar e me concentrar pra escrever esse romance!

 

 

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