O cérebro humano ainda é um mistério para a ciência. Não é a toa que a cada novo ano, centenas de pesquisas são realizadas para entender essa máquina incrível. Uma das mais recentes descobertas em torno dos mistérios que rodeiam o nosso amigão revela que as experiências religiosas e espirituais ativam os sistemas de recompensa do cérebro, assim como acontece com o amor, o sexo, o jogo, as drogas, a música e outras atividades ligadas ao prazer.
A conclusão é de um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, e publicado na última terça-feira (29/11), na revista Social Neuroscience.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram exames de imagem por ressonância magnética funcional (IRMf) com o intuito de identificar as redes cerebrais envolvidas com a representação de sentimentos espirituais em um grupo de jovens mórmons. Os 19 participantes – doze homens e sete mulheres – foram submetidos aos exames enquanto eram estimulados, por meio de vídeos e frases de líderes religiosos, a experimentar um intenso sentimento espiritual.
Através da atividade cerebral registrada pelos exames, o resultado do estudo comprovou que “poderosos sentimentos espirituais estão claramente associados à ativação do núcleo accumbens, uma região do cérebro que tem papel fundamental no sistema de recompensas, cuja função é receber e propagar pelo organismo os estímulos de prazer”.
Fé e razão por muito tempo se estranharam. Aos poucos, começaram a se conhecer e dessa união surgem respostas que explicam muito sobre a nossa capacidade de acreditar no que para o homem é impossível. Entretanto, pesquisas como a da Universidade de Utah, é só o começo de uma conversa que tem muito a revelar.
O que sabemos, de fato, é que a fé pode até não mover montanhas, mas é preciso acreditar em uma força superior – seja Deus, Buda, ou o que for – para a vida ficar mais simples, concordam?
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